quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Como é óbvio, demita-se!


Quem ontem teve coragem para ficar até de madrugada a ver a audição parlamentar ao senhor Governador do Banco de Portugal, teve a oportunidade de ficar esclarecido sobre a forma pouco competente como o Banco de Portugal lidou com o “caso” BPN. Apresentou o Dr. Victor Constâncio em sua defesa os exemplos de outros países onde fraudes financeiras aconteceram e nem por isso se “crucificou” a supervisão, a diferença é que em todos os casos que referiu não existiram os indícios e os alertas como neste caso.
Pareceu-me evidente que o Governador do Banco de Portugal se apresentou nervoso e intranquilo perante os deputados da comissão de finanças, não tendo respondido à esmagadora maioria das perguntas que lhe foram colocadas.
Pensar-se, como o próprio pensa, de que tem condições para se manter no lugar depois de em menos de um ano ter dois casos tão graves como foram os do BCP e agora do BPN é seguramente uma grande miopia politica, mas mais grave do que isso é não reforçar a confiança no nosso sistema financeiro, que neste momento é determinante.

4 comentários:

Anónimo disse...

São sempre os mesmo que vão rodando como que numa constrangedora troca de favores entre as presidencias da CMVM, do Banco de Portugal e dos ministérios das Finanças ou Economia. Se pensarem quem esteve nestas funtrocação nos últimos anos vão se aperceber que são pessoas que estão ligadas entre si numa troca de favores e corrupção.

Demita-se?!?! Isso é tão lógico... e já ha tantos anos que devia ter feito isso.

O próprio sistema que permite existirem estes senhores corruptos é que já há muito tempo se devia demitir.

Anónimo disse...

Concordo plenamente meu caro.
Já agora, e o senhor que está na assembleia e no meio politico, consegue esclarecer me de que teor tem sido as relaçoes entre o nacionalizado banco, que todos nós sabiamos do teor das suas operaçoes de muitos anos, e o principal partido politico da oposição neste momento? Creio que essa pergunta, bem como a urgência do outro grande partido, neste momento governante, em nacionalizar o BPN, responde a lamentavél evidência de que a preocupação nunca foi nem será proteger o depositante, o pagador de impostos ou mesmo o sistema financeiro. Tanto quanto a informação que é pública, o BPN pouco ou nada contribuiu para o bom funcionamento do sistema financeiro, muito pelo contrario, e a credibilidade deste não dependeria concerteza deste player no sector, portanto o que falamos aqui é de manobras poiticas. A aparente moral que o Sr Governador demonstra ao insistir que não tem razões para se demitir advém somente do apoio do Sr. Primeiro Ministro, que em principio, e amparado pela desculpa da crise internacional, se prepara, com toda a confiança, e sem oponentes de peso, para daqui a um ano estar a partir para a segunda metade do seu reinado. Bem como do embaraço e da palavra parca do Sr. Presidente, que em tempos apelidou o BPN de banco da boa moeda.Esse mesmo que em pleno verão pediu um tempo de antena para se pronunciar indignado sobre um qualquer assunto de meia duzia de tostões, e não mais razões, sobre uma qualquer lei para a Ilha dos Açores, que de momento nem me recordo. Recordo me sim, que a fatia contabilibilizada em milhões que o estado acabou de absorver, faria essa ilha saltar da mais pobre para a mais rica zona do país por cabeça. Enfim, isto para dizer que se o Sr. Primeiro Ministro não se importar eu tenho uma PME que deve uns trocos as finanças, portanto, dava me jeito que fosse nacionalizada, incorporada numa qualquer participada publica e que me comprometo a cumprir todas as penas a que for condenado o Sr. Oliveira e Costa.

Anónimo disse...

Sentido de Estado... Logo que termine esta crise financeira deve-se apurar todas as responsabilidades.

Pedro Matos disse...

As PME que só são mais de 90% do tecido empresarial português são quem tem sido mais penalizadas nos últimos tempos com as medidas ( e falta delas) deste actual Governo.


A Dr. Manuela Ferreira Leite e o PSd propõem como medidas que eu acho fundamentais algumas das seguintes:

Alterar o regime de pagamento do Iva para que passe de forma optativa, a ser pago com o recibo e não com a factura;

Regularizar o pagamento das dívidas do Estado às empresas, facultando a contratação de "factoring" com garantias junto dos bancos;

Autorizar a realização de compensações fiscais no cumprimento das respectivas obrigações;

Extinguir o PEC (logicamente).



A saúde financeira de mais de 90% do que dá emprego aos portugueses é fulcral para Portugal.



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