quinta-feira, 18 de março de 2010

Preferência pelo recurso à utilização de materiais resultantes de reciclagem



Embora ainda longe de um reconhecimento generalizado por parte dos cidadãos relativamente à sua relevância fundamental para todas as actividades do Planeta, o certo é que as matérias ambientais, a defesa de uma gestão racionalizada dos recursos da Terra e as suas interdependências e interconexões com matérias, também elas muito salientes, como a Energia ou os critérios do Consumo, são chamadas a assumir, cada vez mais, um papel basilar e verdadeiramente preponderante nas nossas vidas e, sobretudo, nas das gerações futuras.

Identificadas e já devidamente rastreadas que estão as insuficiências da Natureza e dos seus recursos para acompanharem o ritmo frenético de delapidação e de consumo como o actualmente vigente sobretudo nos países denominados como os do “1º Mundo”, torna imperativo impor práticas e lógicas de funcionamento colectivo que visem adequar esses comportamentos e atitudes a níveis sustentáveis de actuação, sob pena de, a mais curto ou médio prazo, suscitarmos rupturas irreversíveis nas cadeias e nas redes naturais que suportam, ainda, os nossos modos de vida.

E se por um lado, a garantia de um alcance absoluto desses padrões de comportamento e de actuação sustentáveis, apenas poderá advir de uma profunda alteração de curricula e de critérios nos sistemas educativos – mas ainda assim, com efeitos a longo prazo -, por outro, sobretudo no curto prazo, não nos restam outros caminhos que não os que passam por frequentes e intensas acções de formação e de informação aos cidadãos em geral em matéria Ambiental, ou então, por via de procedimentos administrativos que convidem à mudança de comportamentos.

Ora, como se sabe, para além de o Estado e as demais entidades públicas e administrativas estarem sujeitas, em toda a sua actividade, à estrita observância do Princípio da Legalidade, elas cumprem da mesma forma, o interesse público, para o qual se acham naturalmente vocacionadas, sempre que introduzem, divulgam ou originam, com as suas condutas e exemplos, a disseminação de “boas-práticas” no País e, muito especialmente, nos agentes económicos e sociais.

Assim sendo, torna-se, desde logo, evidente e claro que fica reservado para o Estado e para as demais entidades públicas e administrativas, nomeadamente as autarquias, uma tarefa especialmente relevante no que toca à indução, promoção, disseminação e ao incremento dessas “boas-práticas” da gestão dos resíduos no funcionamento quotidiano da comunidade.

Aqui chegados e, cingindo-nos à realidade do concelho da Figueira da Foz, entende-se, então, como prioritário alargar o espectro da actuação da Câmara Municipal em matéria de indução, promoção, disseminação e incremento das “boas-práticas” na gestão dos resíduos.

Nestes termos, os vereadores eleitos pelo PPD/PSD na Câmara Municipal da Figueira da Foz, propõem:

1- Na definição dos critérios para a adjudicação de empreitadas de obras públicas, aquisição de serviços e aquisição de bens, e nos termos do artigo 74 e 75 do decreto-lei 18/2008 de 29 de Janeiro, será sempre majorada a contribuição específica de cada proposta para uma adequada gestão dos resíduos, e, ou, pela incorporação do mais elevado grau de reutilização ou de reciclagem de materiais e de substâncias.



Figueira da Foz, 16 de Março de 2010

Os Vereadores

Miguel Almeida
Teresa Machado
João Armando Gonçalves

sexta-feira, 12 de março de 2010

Entrevista à Radio Maiorca, nas conversas no D.Tuy


Pode ouvir aqui, a minha "conversa" com Luis Ribeiro na Radio Maiorca, no programa "as conversas no D. Tuy".

quarta-feira, 10 de março de 2010

Passados quatro anos, tudo na mesma…

Das 15 centrais de biomassa planeadas pelo Governo há quatro anos apenas duas estão construídas, denunciou a Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN), que acusa o Executivo de ter estabelecido tarifas pouco atractivas e de ter falhado na coordenação entre as políticas industrial, energética e florestal….

O presidente da APREN entende que para resolver este problema é fundamental dar também incentivos aos produtores de biomassa, nomeadamente para «limpeza da floresta, culturas energéticas», desenvolvimento de tecnologias de gestão e exploração florestal.
Sá da Costa entende ainda que o Governo falhou na coordenação das políticas industrial, energética e florestal, o que para as empresas resulta num processo de entrada no mercado demasiado complexo e lento… ( In Lusa)

Estas 15 centrais que o governo há quatro anos anunciou resultaram de um Projecto de Resolução que eu apresentei na Assembleia da República e que teve o voto unânime da Câmara. Infelizmente e passados quatro anos só apenas duas estão construídas o que manifestamente representa em primeiro lugar um total desrespeito por uma deliberação unânime do Parlamento e em segundo lugar uma falha completa na política de prevenção de incêndios.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Recuperação do Mosteiro de Santa Maria de Seiça


Na última reunião de Câmara realizada na freguesia do Paião, os vereadores eleitos pelo PPD/PSD, apresentaram uma proposta para a recuperação do Mosteiro de Santa Maria de Seiça, de que tive a honra de ser o primeiro subscritor.
Já durante o meu mandato de Deputado à Assembleia da República, apresentei diversos requerimentos ao Ministério da Cultura e à Câmara Municipal, alertando para a necessidade urgente de se proceder à recuperação deste valioso património histórico e arquitectónico que está na eminência de ruir.


Proposta:

A fundação do Mosteiro de Santa Maria de Seiça remonta ao século XII, cujos primeiros relatos apontam para a altura da formação de Portugal.

Das ruínas que hoje encontramos, não deixa de surpreender a imponente fachada da igreja. De traçado austero impõe-se pela sua projecção no isolamento do local. A fachada é constituída por um corpo central sem frontão, dividido em três registos verticais, com nicho. A entrada é feita por um átrio de três arcadas que dá acesso à porta da igreja, com decoração setecentista. É ladeada por duas torres que ultrapassam a altura da fachada com os seus remates bulbosos, cortados por óculos e decorados com fogaréus, elementos que testemunham as reformas efectuadas no século XVIII.

O Mosteiro de Santa Maria de Seiça encontra-se há muito tempo num elevado estado de deterioração e à mercê do vandalismo. A fachada do Mosteiro, com 800 anos, está bastante degradada e ameaça ruir a qualquer momento.

A inegável importância histórica impõe uma recuperação urgente. É preciso salvar o Mosteiro de Santa Maria de Seiça, que remonta às origens do país. Doutra forma, perder-se-á definitivamente património de valor histórico incalculável.


Face ao exposto e à gravidade da situação, os vereadores eleitos pelo PPD/PSD na Câmara Municipal da Figueira da Foz, propõem:

1- A Câmara Municipal da Figueira da Foz deve convidar o Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico a desenvolver um projecto conjunto de requalificação do património histórico e arquitectónico do Convento de Seiça.

2- O projecto deve ser apresentado ao Quadro de Referência Estratégico Nacional, nomeadamente no âmbito do regulamento do Eixo 3 - “ Consolidação e Qualificação dos Espaços Sub-Regionais”.



Figueira da Foz, 2 de Março de 2010


Os vereadores

Miguel Almeida
Teresa Machado
João Armando