segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Candidatura à Comissão Política Concelhia do PPD/PSD


Três semanas após o atual presidente da comissão política concelhia da Figueira da Foz do PPD/PSD ter anunciado que não é candidato a um 3º mandato, e depois de ter auscultado muitos militantes do partido cuja opinião considero, tomei a decisão de me candidatar à presidência da comissão política.

Entendo, sem falsas modéstias, que neste momento, e para os combates políticos que temos pela frente, sou o militante melhor colocado para dirigir os destinos do partido na Figueira da Foz.

Tem de se iniciar um tempo novo. Pretendo por isso que a próxima comissão política seja composta, na sua grande maioria, por militantes que nunca tiveram a oportunidade de participar mais ativamente na vida do partido. É fundamental trazer novos rostos e novas ideias; os de mulheres e homens que tenham uma vivência cívica forte, na sua rua, no seu bairro, na sua freguesia, no nosso concelho.

É, neste momento, esse o maior desafio: conseguir chamar novos protagonistas. Assim, iniciarei a partir de hoje os contactos necessários para atingir este objectivo e desafiarei os militantes a dar um passo em frente, saindo da sua zona de conforto. A lista para os órgãos concelhios será formada de uma forma inovadora, não só pelos tradicionais convites pessoais, mas também, e acima de tudo, pela inclusão de militantes que venham a demonstrar vontade de participar neste novo projeto.

Como já referi, candidato-me por entender estar em melhores condições para “guiar” o partido para enfrentar os novos desafios, nomeadamente o das próximas eleições autárquicas. O principal objectivo da nova comissão política deve ser a reconquista da câmara municipal porque é preciso devolver aos figueirenses a esperança de que é possível viver num concelho que se afirme no contexto regional e nacional como um município moderno, inovador, competitivo e alegre. É urgente resgatar o brilho de outros tempos; é preciso voltar a colocar a Figueira no mapa.

Candidato-me também para, internamente, dar uma nova roupagem ao partido e cultivar uma linguagem moderna que se ajuste aos nossos dias. É imprescindível ter um discurso mais próximo das pessoas e saber utilizar as novas plataformas de comunicação para chegar perto dos figueirenses. É importante chamar todos para a discussão dos mais variados temas, mesmo aqueles que, não sendo militantes, estão disponíveis para dar o seu contributo, a bem do concelho. Por isso criaremos um gabinete de estudos e um conselho consultivo. Não serão dois órgãos para fazer de conta, como se verá pelas pessoas que os presidirão,. Destas duas estruturas sairá muito do pensamento político que guiará os destinos do partido para os próximos dois anos e as bases do programa eleitoral com o qual nos apresentaremos às próximas eleições autárquicas. Iremos organizar vários debates e conferencias em moldes inovadores e que a seu tempo serão apresentados.

Nos próximos dias convocarei uma conferencia de imprensa para apresentar em maior detalhe o programa com o qual nos candidatamos e também os candidatos a vice-presidentes da comissão política, bem como os candidatos à presidência da mesa, do gabinete de estudos e do concelho consultivo.

Que lugar para as ideologias ?


Quando no fim do século XVIII os representantes aos Estados Gerais de Paris escolheram o lado da sala em que se iriam sentar para dar inicio aquilo que os vindouros deram o nome de Revolução Francesa, nunca poderiam imaginar que, duzentos anos mais tarde alguém se pudesse ainda preocupar com essa inocente opção. Mas o que é um facto, é que desde então, essa divisão entre os que se sentaram à esquerda e os que escolheram os bancos da direita passou a definir as balizas do discurso ideológico.

À época, o que dividia uns e outros era fácil de descortinar os da esquerda eram contra o Ancien Regime, os da direita antes pelo contrário. Hoje infelizmente essa divisão não é assim tão simples.

No meio de uma profunda crise do pensamento político europeu, é urgente voltar a balizar o discurso ideológico.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Tempo Perdido.


Espera-se que em Março o Conselho de Ministros aprove nova legislação sobre o sector empresarial local o que significa que inevitavelmente no segundo semestre deste ano a maioria das empresas municipais desaparecerão.

Também por cá vai ser necessário uma restruturação profunda das nossas empresas municipais e já vai sendo tempo de iniciar esta discussão em sede de câmara e assembleia municipal. Na verdade não se compreende que ao fim de dois anos e após uma campanha eleitoral a prometer a extinção de algumas empresas, o presidente da câmara insista em não iniciar este debate.

Entre fusões e extinções, acredito que faz sentido uma empresa municipal que funcione como uma agência de desenvolvimento económico. Não podemos perder mais tempo, porque apesar das dificuldades temos de procurar captar investimento.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Na Câmara de Lisboa

Foi com gosto e honra que aceitei o convite do Dr. Pedro Santana Lopes para coordenar o Gabinete dos Vereadores do PSD na Câmara Municipal de Lisboa. No entanto, estas novas funções não são incompatíveis com os de vereador não executivo na Câmara da Figueira da Foz, onde continuarei a estar presente nas duas reuniões mensais.



O VENDEDOR DE PROMESSAS


«São hoje visíveis no nosso concelho os problemas crescentes relacionados com: as funções económicas da cidade, a fragmentação da malha urbana e a ausência de práticas de cooperação e concertação adequadas, lógicas imobiliárias especulativas, degradação do ambiente físico e social, problemas de mobilidade, o desordenamento e consequente abandono dos espaços rurais, a não utilização de equipamentos e infraestruturas numa lógica de complementaridade e a degradação e abandono do centro histórico da cidade. Enfim, a falta de brilho e a baixa autoestima com que a Figueira da Foz se depara hoje, faz-nos acreditar de novo que pode haver um novo rumo».

É com este pequeno texto que se inicia o programa eleitoral do Partido Socialista às últimas eleições autárquicas. Se era esta a opinião do PS, importa perguntar o que mudou ao fim de dois anos, para além do arrependimento de muitos dos 38% de eleitores que neles votaram. Hoje, o texto do PS ganha uma atualidade inesperada e indesejada.

Quem, como João Ataíde, iniciou a campanha a dizer que «o tempo das promessas está ultrapassado» e a terminou com outdoors prometendo «ciclovias e circuitos pedonais; manuais escolares e rastreios de oftalmologia e dentista gratuitos no 1º ciclo; festival internacional de cinema; gala dos pequenos cantores; festival de música; mundialito de futebol; mundial de surf; devolver o coreto ao jardim; corredor verde e a aldeia do mar», deixava prever que não podia ser levado a sério.

Nem mesmo a situação financeira da Câmara pode servir de argumento porque, apesar de ser grave, era do conhecimento de João Ataíde durante essa campanha. O candidato do PS afirmava então: «quanto mais me inteiro dos dossiers da câmara, mais me preocupo. A prioridade tem que ir para o saneamento financeiro porque a situação financeira da câmara é dramática».

Ou seja, não obstante ser conhecedor da situação financeira do Município, abandonou a ideia de que não faria promessas, para prometer o céu a terra e assim vencer as eleições. Ganhou os votos, não ganhou a confiança. Verifica-se agora, que não tinha a mínima ideia de como poderia cumprir tais promessas, porque nem uma se cumpriu. Aliás cumpriu uma: a da Aldeia do Mar. Efectivamente a cidade está hoje transformada numa aldeia.

O essencial e o acessório

Hoje dedicarei este espaço a um tema nacional e que tem ocupado uma parte do país nas últimas três semanas – a Maçonaria.

Num ímpeto, supostamente moralista e ético, surgiram uns guardiões do templo que exigem em nome de uma ética provinciana e bacoca que os titulares de cargos políticos acrescentem na sua declaração de interesses se pertencem à Maçonaria.

Neste país sempre que surge um escândalo, inicia-se uma discussão paralela para distrair as atenções e surgem impulsos legislativos para nos convencermos que somos muito transparentes.

O País quer é saber se os serviços de informação do estado foram usados para tráfico de influências, ou não.

Chega de hipocrisia e de dar tempo de antena a quem defende transparência para os outros, mas que da sua própria vida pouco se conhece.


P.S.- O meu Post do Jornal "As Beiras" de 16 de Janeiro


Pelo menos para rir com tudo isto pode ver aqui um bom sketch do Herman Jose


Veto de gaveta



“É sempre difícil um órgão dar resposta às propostas que não foram apresentadas por si”, foi desta forma inacreditável que João Ataíde respondeu à denuncia dos vereadores do PSD, que as propostas feitas por este partido em 2010 e apesar de aprovadas, não tiveram seguimento.

No início do mandato ainda seria aceitável que a sua inexperiência autárquica lhe permitisse dar uma resposta destas, mas ao fim de dois anos é inaceitável não ter compreendido que as deliberações de câmara, mesmo que não sejam propostas suas, são para executar.

Pode-se discordar da actual lei eleitoral autárquica e da presença de vereadores da oposição, mas enquanto forem estas as regras tem que se respeitar a vontade do eleitorado, que neste caso concreto não quis dar a maioria ao partido socialista. Que sábio que é o eleitorado…

30 Anos, é muito tempo…



Em 2007 apresentei na Assembleia da República um Projecto de Resolução – aprovado por unanimidade – exigindo do Governo a conclusão das obras do Projecto Hidroagrícola do Baixo Mondego.

Conhecido pelo elevado potencial agrícola, onde a cultura do arroz representa 25% da produção nacional, o desenvolvimento agrícola do Vale tem sido prejudicado por uma rede de drenagem agrícola incipiente e por uma estrutura fundiária desordenada e dispersa.

Em Setembro de 2008 o então Ministro Jaime Silva visitou o Baixo Mondego e prometeu que as obras em falta estariam concluídas em 5 anos. Estamos no início de 2012 e ainda nada foi feito.

Espero que este governo, que considera a agricultura uma prioridade da sua politica económica, faça este investimento que já tem mais de 30 anos de atraso.