sábado, 19 de julho de 2008

E de quem é a responsabilidade?

O Eurobarómetro 69 foi realizado na Primavera de 2008, com o objectivo de dar continuidade à análise das atitudes e da opinião pública dos cidadãos europeus sobre vários temas dos domínios económico, político e social.
Este inquérito serviu para analisar o estado da opinião pública também em Portugal: O que pensam os portugueses da sua situação financeira pessoal? Como encaram a situação económica nacional nos próximos tempos? Quais os temas que os portugueses consideram mais importantes para a vida colectiva? Como avaliam a direcção do país? Que grau de confiança depositam nas instituições políticas e o grau de transparência que atribuem ao aparelho de Estado? As preferências dos portugueses no que respeita à elaboração das políticas públicas.
Como conclusão pode verificar-se que, "no que respeita às perspectivas sobre a situação actual do país e sobre o seu futuro próximo, os portugueses continuam a ser dos cidadãos europeus mais pessimistas quanto à evolução futura da economia do seu país.
Quase dois terços dos portugueses pensam que, no próximo ano, a situação tenderá a piorar no que respeita ao emprego (contra 40 por cento dos europeus), e três em cada cinco que o mesmo sucederá em relação à situação económica em geral (contra metade dos europeus). Apenas 26 por cento dos portugueses pensam que o país segue numa direcção certa: dos 27 países da UE, apenas seis apresentam percentagens inferiores a esta. Não existe, assim, qualquer sinal evidente de que o “fim da crise orçamental”, anunciado em cima da realização do trabalho de campo deste estudo, tenha contribuído para mudar as percepções sobre o estado e perspectivas da economia portuguesa".

Importa perguntar – será que não temos razões para ser cada vez mais pessimistas? Claro que sim. É evidente que existe uma crise de escala internacional mas se tivéssemos seguido outro caminho de desenvolvimento os seus reflexos internamente seriam mais diminutos.

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